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Taichichuan estilo Chen

SOBRE O ESTILO CHEN DE TAIJIQUAN (TAICHICHUAN)

ENERGIA E JINGLUO

Externamente aparenta ser suave como uma donzela, ainda que internamente forte como um escudeiro de guerreiro de Buda (Jin gang). Há inúmeras escolas e facções de artes marciais chinesas. Há várias centenas de estilos de pugilismo de mãos vazias isolados. Cada escola tem suas características próprias únicas, mas, resumidamente, elas podem ser separadas em escolas internas e externas.

Artes marciais externas enfatizam golpes com os punhos e os pés, com saltos e pulos, rápidas mudanças de lado, com manobras de ataque e defesa facilmente distinguidas. Com um único olhar, você pode dizer que é uma arte marcial.

O Taijiquan estilo Chen tem diferentes características especiais, ele usa a mentalização para guiar a energia e usa a energia para mover o corpo. Se a energia interna está tranqüila, então o corpo não se move e está quieto. A energia interna se move e o corpo a segue.

Ele usa a energia interna para dirigir o movimento da forma externa, com as partes superior e inferior do corpo conduzindo e seguindo uma a outra continuamente, sem paradas. Ele usa a cintura como um eixo, com movimentos delicados unidos e sucessivos, do início ao fim e internamente a cada movimento, sem rupturas ou resistências.

Seu corpo percorre o caminho suavemente e pára calmamente.

O significado do ataque e defesa das formas é mais oculto e não está mostrado na superfície. Isso frequentemente traz um conceito errôneo de que este estilo de pugilismo mais parece uma pescaria do que uma arte marcial.

Especialmente a primeira rotina do estilo da “velha estrutura” (lao jia) que é principalmente suave e exige que o corpo relaxe e não use força bruta. Treina principalmente o gong-fu das pernas, de modo a que os pés se tornem as raízes para que os quadris possam girar livremente e a circulação fluir sem impedimentos.

A prática traz a energia interna a um estágio de transbordamento. Quando seu pensamento chega neste patamar sua energia interna chega juntamente com ela ao objetivo. A postura é ereta, a posição dos pés, firme e estável (literalmente dando apoio às oito direções de ataque), fazendo com que ambas as partes interna e externa do corpo criem fortes linhas de defesa.

Há “cinco arcos” armados dentro de seu corpo que podem armazenar e liberar energia. Deste modo, você retêm antes de fazer contato com o oponente. Se o oponente é forte, então você pode abruptamente emite sua energia interna (pegando-o de surpresa), como um estrondo de trovão ou uma repentina rajada de vento. Entretanto, externaemnte, você parece ser suave como uma donzela, ainda que internamente, seja forte como um escudeiro de um guerreiro de Buda. Esta é a principal característica do estilo Chen do Taijiquan.

Um Movimento Interno de Energia num Caminho Circular, espiralado. Todo mundo tem visto pessoas quebrando tijolos com a cabeça e enrolando barras de ferro ao redor do pescoço. Este é como os praticantes que os praticantes do estilo “duro” do qigong movem sua energia interna. Eles movem sua energia interna até o topo da cabeça e esta pode justamente quebrar o tijolo em pedaços; movendo a energia interna pelo seu pescoço, eles podem justamente enrolar a barra de ferro em torno dele.

O estilo Chen do Taijiquan combina o estudo de dinâmica (força, energia, movimento e o relacionamento entre eles) com a teoria de “jingluo” das teorias da medicina tradicional chinesa (que defende que há canais de energia interna e canais colaterais dentro do corpo).

Ele faz uso de um método de espiralamento para mover a energia interna, usando uma pequena quantidade de força para dominar uma grande quantidade de força e usar uma força fraca para dominar uma força forte. Ele é apenas como um elevador que pode levantar um caminhão carregando várias toneladas de carga.

O já exposto Taijiquan muda para trás e para frente entre armazenar e liberar energia (xu fa xiang bian), conduzindo a energia do oponente inofensivamente a uma armadilha” (yin jing luo kong), “usando a própria força do oponente para atacá-lo de volta” (jie li da ren), e “usar cem gramas para desviar uma centena de quilos” (yi si liang bo qian jin), são todos os usos em que a energia espiral pode ser aplicada. Portanto, a teoria do pugilismo determina: “Causar uma surpresa ou conduzir o oponente, é apenas o giro de um círculo”.

Em respeito a teoria jingluo, ele indica o sistema circulatório para sangue e energia interna que preenche o corpo humano e se origina na cavidade abdominal e circula nos membros. Quando o sistema perde sua estase ou equilíbrio, então funções completas do sistema fogem da normalidade e as doenças surgem. Quando o sistema está em armonia, então o sangue e a energia interna circulam livremente a o corpo é, por maio disso, fortificado e a longevidade é alcançada.

Taijiquan, que é combinado com a teoria do jingluo, inclusive usa combate com mãos limpas com daoyin e tuna juntamente com elementos externos e internos. As posturas e os movimentos do pugilismo faz uso de um espiralamento, estilo do fio de seda (chansi), expandindo e contraindo, alternando movimentos. Ele tem a exigência: “usando o pensamento para guiar a energia interna, usando a energia interna para mover seu corpo” (yi yi dao qi, yi qi yun shen), e a “energia interna deve ser mobilizada (qi yi gu dang), se propagando por todo o seu corpo.”

A energia interna (nei qi) parte do ponto de acupuntura abaixo de seu umbigo (dantien), usa a cintura como seu centro, e penetra sucessivamente por todo o seu corpo, parte a parte. Ela gira levemente, e causa expansão e contração alternadas de seus dois rins. Pela rotação de sua cintura e do torneamento de sua cintura com movimentos circulares e simétricos, ela é liberada por todo o seu corpo.

Passando pelos canais ren e du [ os canais ren e du formam um circuito que começa no dantien, vai ao centro das costas (canal du), subindo ao topo da cabeça e descendo pela frente (canal ren), ao longo da linha central do corpo, retornando ao dantien – ou “pequeno circuito do paraíso”] ela move para cima com o movi mento de sua cintura e volta de seus braços e se move para baixo com a rotação de seus tornozelos e vol ta de seus joelhos. A energia interna assim atinge suas quatro extremidades e então retorna ao seu dantien (i.e. “grande círculo do paraíso”). Ela se move em arcos, torneando livremente e conectando, movimento a movimento o que vem antes com o que se segue, tudo como uma coisa só, resultando em uma circulação de energia interna e sangue. Este é o movimento de energia (energia interna circulante) que é diferente da aplicação de energia. Este método sistemático para movimentação de energia interna está de acordo com os princípios da teoria da medicina tradicional chinesa (jingluo) e raramente é visto em outros estilos de luta ou outras atividades atléticas.

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